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ter, 24 de Novembro

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

POEMA DE MIGUEL TORGA


Nada no mundo se repete.

Nenhuma hora é igual à que passou.

Cada fruto que vem cria e promete

Uma doçura que ninguém provou.


Mas a vida deseja
Em cada recomeço o mesmo fim.
E a borboleta, mal desperta, adeja
Pelas ruas floridas do jardim.

Homem novo que vens, olha a beleza!
Olha a graça que o teu instinto pede.
Tira da natureza
O luxo eterno que ela te concede.

Miguel Torga


Nota: Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha e autor de uma produção literária vasta e variada. Nasceu em S. Martinho de Anta, Vila Real, a 12 de Agosto de 1907, e morreu em Coimbra, a 17 de Janeiro de 1995.

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