Todos os dias chegava e sentava-se no banco que parecia mais confortável para as suas largas costas descansarem, naquele pouco tempo que passava a folhear cada revista pousada em caixas de conhecimento.
Às vezes distraía o olhar e os seus olhos fixavam quem por lá passava. Todos eram tão diferentes, mas era isso que lhe despertava um certo interesse por cada um.
Enquanto lia, captava todas as vozes que saltavam e todos os assuntos faziam parte de ideias vindas de mentes que floresciam cada dia mais, que se abriam a uma nova luz que cegava qualquer olhar de ódio por aqueles que se atravessem a passar o limite dos deuses.
O chão daquela grande sala, a cada passo, gritava de dor como se espadas estivessem a perfurar o corpo já fraco de alguém com uma fome de paz infinita.
Quando já estava pronta para partir, levantou-se, pousou a publicação que segurava, olhou mais uma vez em volta, abriu a porta e, em pensamento prometeu que voltaria ao local onde ainda existia luz. (…)
Soraia Tavares, 9.ºA, Nº 26
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