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ter, 24 de Novembro

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

POESIA

Numa casa muito estranha 


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Numa casa muito estranha

Toda feita de chocolate

Vivia uma bruxa castanha

Que adorava o disparate. 



Punha os copos no fogão

As panelas na banheira

Os sapatos nas gavetas

As meias na frigideira;

Escrevia com fios de água

Dormia sempre de pé

Cozinhava numa cama

E comia no bidé. 


Varria a casa com garfos

Limpava o pó com farinha

Deitava cem gatos na sala

E dormia na cozinha.


António Mota 
Se tu visses o que eu vi, Gailivro,2002 

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