Hoje levantei-me cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha obrigação escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso protestar porque está a chover ou agradecer à chuva por lavar a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou sentir-me encorajado a administrar as minhas finanças, evitando os gastos supérfluos.
Posso queixar-me dos meus problemas de saúde ou dar graças por estar vivo e ser autónomo.
Posso queixar-me dos meus pais por não me terem dado tudo o que eu pretendia ou sentir-me grato por ter tido uma família que me protegeu.
Posso reclamar por ter de ir trabalhar ou agradecer o facto de ter trabalho.
Posso entediar-me com o dia a dia ou descobrir a beleza que existe nas coisas mais simples.
Posso lamentar as deceções que certos amigos me causaram ou entusiasmar-me com a ideia de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planeei, posso sentir-me contente por ter um hoje para recomeçar.
O dia está diante de mim, esperando pelas minhas decisões.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma à matéria em bruto.
Só depende de mim.
Charlie Chaplin
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