Ah, se eu pudesse andar
na máquina do tempo!
Quebrava esse horror
que é o despertador.
Só saía ao meio-dia
para a escola que abria
às oito da manhã,
em ralhos da mamã...
Ah, se eu pudesse andar
na máquina do tempo!
Correndo em marcha atrás
caçava lá atrás
um dinossauro anão
que seria o meu cão.
Pois grande, francamente,
metia medo à gente...
Ah, se eu pudesse andar
na máquina do tempo!
Punha-me a acelerar
para só aterrar
em distantes planetas,
que estão por descobrir.
Aonde eu havia de ir...
Quando eu puder andar
na máquina do tempo,
hei-de te convidar
para também passear,
E se tiveres coragem,
será longa a viagem...
Aonde queres vir comigo?
ai já pensando, amigo...
Luísa Ducla Soares, A Cavalo no Tempo - Civilização Editora 2003
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