Estou cá com uma fome – queixou-se o camelo.
- Também eu! Até comia um turista, daqueles bem apetitosos – respondeu o lobo.
- Até podia ser um daqueles viajantes maltrapilhos, não me importava – acrescentou a raposa.
Os três amigos amigos puseram-se a farejar as redondezas, mas tudo o que encontraram foi um pedaço de pão duro.
- Nem dá para partilharmos – disse o camelo.
- Então quem o vai comer? – indagou o lobo.
- O mais velho. É justo, não é? – propôs a raposa.
- Bem, então sou eu, o lobo, pois estive na Arca com Noé.
- É mesmo? – perguntou a raposa. Então isso faz com que tenhas mais ou menos a idade do meu neto. Quando Deus criou Adão e Eva e todos os animais, criou-me a mim. Eu sou a criatura a quem Ele chamou de raposa.
- Naquele momento, o lobo e a raposa aperceberam-se que o camelo já tinha abocanhado o pedaço de pão e, erguendo o pescoço bem alto por cima das suas cabeças, mastigava-o alegremente.
O camelo olhou para eles, lá em baixo.
- Para criaturas tão pequenas, vocês têm realmente muito que dizer – falava de boca ainda cheia. – Noé, quem diria? Adão e Eva! Quanto tempo é que pensam que demorou para eu ter estas grandes pernas? Julgam que nasci ontem?
Furiosos, a raposa e o lobo andaram à roda do camelo mas nada havia a fazer: não o podiam impedir de comer, nem o podiam magoar.
- Também eu! Até comia um turista, daqueles bem apetitosos – respondeu o lobo.
- Até podia ser um daqueles viajantes maltrapilhos, não me importava – acrescentou a raposa.
Os três amigos amigos puseram-se a farejar as redondezas, mas tudo o que encontraram foi um pedaço de pão duro.
- Nem dá para partilharmos – disse o camelo.
- Então quem o vai comer? – indagou o lobo.
- O mais velho. É justo, não é? – propôs a raposa.
- Bem, então sou eu, o lobo, pois estive na Arca com Noé.
- É mesmo? – perguntou a raposa. Então isso faz com que tenhas mais ou menos a idade do meu neto. Quando Deus criou Adão e Eva e todos os animais, criou-me a mim. Eu sou a criatura a quem Ele chamou de raposa.
- Naquele momento, o lobo e a raposa aperceberam-se que o camelo já tinha abocanhado o pedaço de pão e, erguendo o pescoço bem alto por cima das suas cabeças, mastigava-o alegremente.
O camelo olhou para eles, lá em baixo.
- Para criaturas tão pequenas, vocês têm realmente muito que dizer – falava de boca ainda cheia. – Noé, quem diria? Adão e Eva! Quanto tempo é que pensam que demorou para eu ter estas grandes pernas? Julgam que nasci ontem?
Furiosos, a raposa e o lobo andaram à roda do camelo mas nada havia a fazer: não o podiam impedir de comer, nem o podiam magoar.
O camelo engoliu o pão. Fez um ruído como quem chupa os dentes e com um grande “Hmmmmm” aclarou a garganta
In Antologia de “Contos Arrepiantes”, Crossley-Hollanda, Kevin
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